segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Candidato vai parar na delegacia após tentar fugir

com prova de concurso da PM de Pernambuco

Ao saber que não faria a prova, por ter um celular, jovem saiu correndo com caderno de questões; 8 inscritos foram presos por tentativa de fraude
Um candidato de 25 anos foi parar na delegacia de Petrolina, em Pernambuco, após fugir com a prova do concurso da Polícia Militar do Pernambuco, aplicada no domingo (22). Morador de Feira de Santana, na Bahia, o jovem foi impedido de fazer o exame por ter levado um celular ao local de prova – segundo o edital, os candidatos não poderiam entrar com o aparelho, mesmo desligado.
Ao ser informado que estava eliminado, conforme previam as regras, ele saiu correndo com o caderno de questões nas mãos, afirma Gledeston Emerenciano de Melo, coordenador da Conupe, órgão que aplica o concurso.
– Alguns candidatos ficam revoltados, indignados com essa decisão. A entrada com o celular está proibida há muito tempo, o cartão de confirmação do candidato tem isso em vermelho.
Segundo o delegado seccional de Petrolina, Manoel Martins, cerca de 20 minutos depois o candidato foi pego e encaminhado para a delegacia, onde foi ouvido e liberado.
– O candidato disse que não sabia que o que ele fez se tratava de fraude, que aquilo era um crime. Ele alegou, na delegacia, que saiu com a prova para fazer uma queixa contra os organizadores. Para ele, esse era o único jeito de provar que queria fazer o concurso e foi impedido disso.
A polícia abriu inquérito para apurar se houve ou não tentativa de fraude por parte do candidato, que não foi encontrado pela reportagem. Como outras pessoas terão de prestar depoimento, a investigação pode durar até 30 dias.
Falsidade ideológica
Ainda no mesmo concurso, 8 candidatos foram presos em flagrante na região metropolitana de Recife por tentativa de fraude. Segundo a assessoria de imprensa da polícia civil de Recife, eles tentavam fazer o exame por outra pessoa e foram autuados por falsidade ideológica e falsificação de documento público. Entre as pessoas detidas, estava um funcionário público – agente penitenciário de 27 anos, morador de Garanhuns, que fica cerca de 450 km da capital do Estado.
Segundo Melo, a Conupe contou com o apoio da Secretaria da Defesa Social de Pernambuco no concurso após ter recebido denúncias de tentativa de fraudes. Agentes da inteligência da secretaria acompanharam o processo como fiscais à paisana e, por isso, foram identificados esses candidatos.
A secretaria informou, por meio da assessoria de imprensa, que ainda está apurando se houve outras tentativas de fraude no Estado. Cerca de 103 mil pessoas concorrem a uma das 2.100 oportunidades para soldado da Polícia Militar – que equivale a 50 candidatos por vaga.

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