sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

 Paciente com problemas de ereção bota Estado no pau


Cobaia de experiência vai precisar de prótese para voltar a ter vida normal


- Ah, não! Lá vem ela se aproveitar de mim outra vez
Um aposentado de 56 anos vai receber R$ 20 mil de indenização por danos morais do Estado do Rio de Janeiro. Ele foi submetido a um teste de ereção no Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia Luiz Capriglione, no Centro da cidade, e as coisas não deram muito certo para ele.
A assessoria de Imprensa do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro revelou, nesta quarta-feira (2), a decisão da 14ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio, que, manteve por unanimidade a condenação aplicada pela 1ª instância, alterando apenas a data da incidência da correção monetária e dos juros.
De acordo com os autos do processo, por causa de um efeito colateral provocado pelo remédio usado no teste - uma droga vasoativa intracavernosa - o aposentado, que se queixava de disfunção erétil, vai ter que usar uma prótese peniana para voltar a ter uma vida sexual normal.
O aposentado disse que o remédio lhe causou priapismo - que é uma ereção constante e dolorosa - e apresentou dificuldade para urinar.
O estado do Rio de Janeiro, poe sua vez, argumentou que a culpa no episódio é exclusivamente do aposentado, que, depois de ter ostentar uma ereção por três dias, não voltou rapidamente para o hospital.
Para o desembargador Nascimento Póvoas, relator do processo, a equipe médica não cometeu erro algum ao determinar o tratamento indicado ao autor. O magistrado diz, porém, que o paciente deveria ter sido alertado pelos médicos sobre os possíveis riscos do exame antes da intervenção.
- O autor não foi informado de modo claro e preciso sobre as contraindicações e os riscos que poderiam ocorrer por causa da terapia a que se submeteria, o que seria imprescindível para que ele próprio pudesse decidir, conscientemente, pela realização ou não dela. Acredito que deva ser afastada a tese da defesa, invocando culpa exclusiva da vítima.

Nenhum comentário:

Postar um comentário